sexta-feira, 17 de setembro de 2010

A Reforma da Reforma - Mitos Litúrgicos: Concílio Vatinaco II e o Latim




Este estudo não É Baseado Artigo " Mitos Litúrgicos ", Escrevi Que E foi Revisado Por sua Excelência Reverendíssima Antonio Carlos Rossi Keller, Bispo da Diocese de Frederico Westphalen (RS). O Artigo 32 Lista equivocadas Idéias Sobre a Sagrada Liturgia e com contra- Argumento A palavra oficial da Santa Igreja . Foi publicado em Fevereiro de 2009 e PoDE Ser lido nd íntegra em :




http://www.salvemaliturgia.com/2009/04/mitos-liturgicos.html



Nesta décima nona postagem , postamos o Mito 19, JUNTAMENTE COM UM Comentário arespeito Atual, Aprofundando o Assunto .



---------



Mito 19: "O Concílio Vaticano II aboliu o latim "



Não aboliu . Pelo contrário : o Concílio Vaticano II incentivou o USO do latim Como Língua Liturgica .



Diz o Concílio ( Sacrossanctum Concilium, n.36 ): " Salvo o Direito particular, Seja conservado O uso da Língua latina nsa ritos latinos . "



Embora Exista Para muitos Atualmente em Lugares uma Concessão n se em Língua Celebrar local, o latim segue Sendo uma Língua oficial da Santa Igreja e mantém o deunidade Seu Significado e solenidade :



" O uso da Língua latina vigente em grande parte da caro UM Igrejaé Unidade da sinal e hum Eficaz remédio contra Toda corruptela da pura doutrina . " ( Papa Pio XII , Na Encíclica Mediator Dei , n.53 , de 1947)



Por isso o Santo Padre Bento XVI Escreveu ( Sacramentum caritatis, n.62 ):



"A Nível geral , peco Que OS Futuros Preparados Sejam Sacerdotes , O Tempo Desde que compreender, e n º Seminário Celebrar uma Santa Missa em latim , parágrafo Bem Como USAR textos latinos e entoar o canto gregoriano ; Nem se transcure um

Possibilidade de Formar OS próprios Fiéis saberem Pará, em latim , como Orações Comuns Mais e cantarem , em gregoriano , Em determinadas contraditório da Liturgia ".



E a Instrução Redemptionis Sacramentum (n. 112) determinação :



" Excetuadas como Celebrações da Missa Que , de De acordo com a OS horas e momentos , a Autoridade eclesiástica estabelece Que se façam nd Língua do povo , semper em qualquerlugar e E lícito EAo Sacerdotes Celebrar o Santo Sacrifício em latim . "



O Cardeal Ratzinger , hoje Papa Bento XVI (no livro "O Sal da Terra " , de 1996 ), que reconhecê um " Nossa cultura Mudou radicalmente Tão Nos últimos Trinta anosque Uma Liturgia celebrada exclusivamente em latim envolveria UM Elemento deestranheza Que, Para muitos, Não Seria aceitável . "



Por outro lado, "o Cardeal (Francis Arinze, Prefeito da Congregação Para o Culto Divino e Disciplina dosSacramento ) que sugeriu Também como paróquias Maiores tenham Uma Missa em latimpelo Menos Uma Vez Por Semana e Que como RURAIS paróquias e menores tivessem um Pelo Menos Uma AO MÊS Vez ". (ACI Imprensa , 16 de Novembro de 2006)



--------



Comentário Sobre este Mito ( 17/09 ):



Para muitos Hoje Afirmam que o Concílio Vaticano dez II dito isso " "e" Aquilo ", Nunca Mas hum Documento do Concílio abriram n. ver O Que Diz Ele Realmente .



Como Podemos Perceber NAS citações acima, Apesar da Concessão Que o Concílio fez Haver Algum Lugar n. Para o vernáculo nd Santa Missa, o Concílio VALORIZOU o latim . Jamais aboliu o .



Repetir o Mito de que " o Concílio Vaticano II aboliu o latim "É o Típico exemplo do Que o Papa Bento XVI TEM chamado de " hermenêutica da ruptura " , Que Consiste em interpretar o Concílio em descontinuidade com OS Anteriores pronunciamentos do Sagrado Magistério da Igreja .



com efeito, o Papa Bento XVI, Mais concretamente Desde o Seu discurso de 22 de Dezembro de 2005 EAo Cardeais , Arcebispos e Prelados da Cúria Romana, defendido dez a chamada " hermenêutica da Continuidade " , isto é , a Compressão do Concílio Vaticano II em Comunhão COM OS Anteriores pronunciamentos do Magistério Sagrago .



O Concílio Vaticano II e auténtico Concílio um, mas e o 21o Concílio da História da Santa Igreja . Antes DELE, 20 ha Concilios Outros !



Além disso E , o Texto do Concílio Vaticano II e EM AFIRMAR claro o valor expressamente do latim , Como Citamos Acima .



Feitos Estes pressupostos, vamos aprofundar A questão do latim nd Liturgia .

Precisamos , em Primeiro Lugar , lembrar Que nd Santa Missa Somos Beneficiários , DESTINÁRIOS não.



Porque?



Somos salvos não Porquê Santa Missa , Pois é uma Santa Missa É uma Renovação do Seu Único e Eterno Sacrifício , consumado de Uma Vez Por Todas NA PRESENTE cruz e tornado sem altar , oferecido a Deus Pai , POIs Pelas Mãos do sacerdote ; nd POIs Santa Missa, Nosso Senhor Jesus Cristo ESTÁ PRESENTE verdadeiramente não Santíssimo Sacramento do Altar , em Corpo, Sangue , Alma e Divindade , aparências NAS fazer pão e do vinho , como afirma o Catecismo da Igreja Católica , como afirma o Catecismo da Igreja Católica , n. Cat . 1362-1377 , 1411) .



O Santo Sacrifício da Missa , portanto, essencialmente É celebrado PARA DEUS . E NÓS BENEFICIAMOS nsa DELE .



Outros Assuntos Neste e em, e importante não mergulharmos pensamento do Papa Bento XVI um parágrafo chegarmos Mais Uma Compreensão aprofundada , a Partir da Liturgica SUA sensibilidade aguçada e Visão pastoral.



Em entrevista uma ( Voici quel est notre Dieu, Plon , Paris, 2,001 . Pp . 288 um 294), respondeu o Cardeal Ratzinger , hoje Papa Bento XVI , Quando Foi perguntado " Será Celebrar Preciso de um novo missa em latim ? " , elemento :



" Que É evidente uma Liturgia da Palavra , Pelo menos, DEVE SE NAS Fazer Línguas vernáculas . Entretanto, na Minha Opinião, Haver Deverià Uma nova abertura n o Latim . Celebrar uma missa em Latim aparece Atualmente Pecado UM Como.

Exclui - se assim , também como POSSIBILIDADES de Comunicação Que São Tão necessárias lingüísticas Nas regiões pluri . Assim , o Vigário da Catedral de Avignon Que Contou -me domingo , hum, se apresentaram parágrafo Assistir uma missa de Três Diferentes Grupos Lingüísticos . Ele lhes propos de Rezar Juntos o cânone da missa em latim e assim poderiam Todos Juntos Celebrar . Os três recusaram Grupos : era Preciso parágrafo CADA UM Elemento grupo particular. Também nsa Pensamos Lugares turísticos : Certamente Seria uma Coisa bela reconhecer- se mutuamente naquilo Que se Comum em dez . Seria Preciso ter os tais eventualidades Presentes AO Espírito . Mais Ninguém Quando, NAS Grandes celebrações litúrgicas Romanas , sabe cantar o Kyrie ou O Sanctus , Mais Ninguém SABE Significa Que o " Glória " , trata -se então de hum déficit cultural e de Comuns Uma Perda de pontos. Eis Porque, Na minha opinião, uma Liturgia da Palavra Deveria Fazer se, em todo Caso , Na Língua vernácula , Mas Que Seria Que Preciso subsistisse UM Fundo Comum em latim , Que nsa Todos liga um . "



Complementando uma Sabedoria de Bento XVI, Citamos como fazer Duas palavras Que não Autoridades em entrevista Assunto Falaram Nosso blog : Dom Antonio Rossi Keller, Bispo de Frederico Whestpham -RS, e Pe . Paulo Ricardo de Azevedo Júnior, Presidente do Tribunal Eclesiástico de Cuiabá - MT e Muito conhecido Através da Programação da Canção Nova.





Dom Antonio Keller , Quando perguntado nd entrevista Sobre a Questão do latim, assim se expressou :



" O Seu Lugar latim TEM NA Vida Liturgica da Igreja Como Garantia da integridade da fé, manifestada NAS celebrações litúrgicas . Não É uma toa Que de Todos os Livros litúrgicos TEM Como Ponto de Referência como Edições chamadas de " typica ".



Pe . Paulo Ricardo , Quando perguntado Sobre o Mesmo Assunto nd entrevista, respondeu :




"A Liturgia TEM tão sentido QUANDO ELA É Recebida do Passado . NÓS UM Precisamos compreender Que Rito Litúrgico É algo recebido da tradição, recebido dos Pais Nossos . ESSA E e um Importância do latim e do canto gregoriano . Ao Fazer SE NA Orações em latim Liturgia e Ao se cantar cantos Que Foram cantados Por Gerações e Gerações de cristäos Antes de NÓS , NÓS Tomando uma Consciência de Que Estamos Vivendo Algo Que Não Foi inventado NÓS POR, Mas Que nsa une um Uma Multidão de santos e santas viveram Que pingos de Nós, e com santificarem Que aqueles textos e com aqueles cantos , se eles chegaram e se salvar uma Estar Junto de Deus , também NÓS Podemos Fazer . (...) Aliás, o próprio Papa Paulo VI EO Concílio Vaticano II Constituição SUA Sacrassanctum Concilium isso pediam : Que OS Recitar soubessem Fiéis e cantar em latim e Orações Usando o canto gregoriano ".



Para comentar Profundamente Mais um Papa Respeito da POSIÇÃO fazer uma Respeito do Assunto , gostaria de citar ALGUMAS sabiás palavras Rafael Vitola Brodbeck Que , Diretor do Nosso blog Salvem uma Liturgia , Escreveu em Que Artigo UM publicamos nenhum Passado ano , chamado "Alguns Motivos Para o latim nd Missa ".



Segue abaixo:



---



Não se Quer Acabar com o vernáculo . Apenas o Papa Quer incentivar uma Que se façam Mais missas nd Língua oficial da Igreja . N Que ESTÁ coberto de razão.



Olhos ALGUNS veem isso com maus , Como se Fosse Algo terrível o cultivo das Mais Caras Tradições da Igreja . É justamente a Falta de Tradição Que Dificulta aformação dos católicos .



Durante centenas de anos, celebrou -se uma Missa em latim , eo Povo Não Deixou um POR ISSO Igreja . HA Fortes Razões teológicas , pastorais e litúrgicas para quê se celebre em latim ( sem deixar de português em Celebrar ; Não e Uma OPOSIÇÃO , podendo- se em Celebrar Ambos Idiomas OS).





Conheço Pessoas simples Bem, Pouca de Instrução , assistem Que uma Missa em latim ( rito tridentino não Seja , Seja nenhum rito novo). E com Muito Espiritual PROVEITO !



Participar da Missa É unir -se a Cristo , Seu Sacrifício ao, necessariamenteentender Não CADA OU Palavra proferida uma Oração de resposta cada.

Mas uma Missa em latim Não catequizará o povo - É o ALGUNS Dizem que ...





Ocorre Missa Que Não É catequese . Missa em latim . Catequese em português . Nunca se DEU catequese em latim (para salva OS entendem o que) . Somos catequizados Pelos Meios de catequese : livros, aulas , a homilia nd Missa, Tudo isso em português .

Ó Único MoDo Pelo entendre Podemos Qual a Missa Como catequese SUAS É considerando AEM- cerimónias Como Algo Que nsa Ensina , Passo a Passo , OS Mistérios da fé . Se assim é, HÁ UM Argumento Mais um favor do latim : o Uso de Uma Outra Língua , Comum da distinta , demonstra Que Estamos Diante Algo de sagrado . E é isso catequese . A Melhor de Todas : a Que Mostra Que Não mostrar uma Missa é, e sacrifício , e Diante do Sacrifício Não Importa Que entendamos como palavras, Mas ELAS O que, em Seu Conjunto , significativos.



O latim, Por morta Língua Ser , ESTA protegido das Constantes Mudanças de Idiomas Significado dos vivos e, por isso, preservação de MoDo Muito Mais Eficaz ocorreto Entendimento da doutrina . Como Línguas Modernas assumem Significados Mais cadavez Diversos vocábulos n SEUS . Hoje, Uma palavra sentido UM TEM , amanhãa MESMA tera Outro. De Como o latim e Uma Língua morta , isso não ocorre . Como palavras Terao semper o mesmo sentido, e assim uma doutrina É corretamentetransmitida , diminuindo uma Possibilidade de maus entendidos .



doutrina pura "O USO da Língua Latina UM É claro e nobre indício de Unidade e eficazantídoto hum Todas contra a corruptelas da. " ( Sua Santidade , o Papa Pio XII. Encíclica Mediator Dei)



Além disso, o USO de Idioma UM Diferente do Que Estamos acostumados Mostra Que uma Liturgia É algo sacro . O latim demonstraria Que Estamos clima em outro, em Atmosfera Outra . Mostraria uma solenidade do momento. E isso e importante bemcompreendermos Para a Liturgia . Imagina , estás Falando em português o tempo todo . De repente , chegas NA Igreja , e Começa o culto : " In Nomine Patris et Filio et Spiritus Sanctus ". Já estás em Outro local. É o Céu na terra . Até a muda Língua !





O latim portanto , Muito fala à alma . Na Missa Não entendre Precisamos de palavras, entendre Precisamos É o Que ESTÁ acontecendo .



De sorte Outra , pergunto : É preciso Que o povo entenda como PALAVRAS da Missa ? Não! O Que É Preciso entendre É um PRÓPRIA Missa ! Todos Entendemos Todas aspalavras da Missa ? Claro que não. HA muitas Passagens de altíssima teologia , entende Que Quase Ninguém .





Mas isso nsa Não impedem de Colher frutos da Missa . Se o Entendimento daspalavras da Missa Fosse Necessário n cresceres espiritualmente e parágrafo apreenderes OS Liturgia da frutos , então tão Doutores em teologia iriam à Missa , tão eles se beneficiariam .





Para muitos analfabetos , Que Nem Sequer sabiam Seu Idioma Direito, iam à Missa emlatim e se santificavam NA IDADE Média , e Até poucos anos . Por acaso , eles se afastaram da Igreja Não por entenderem latim ? Pelo contrário, se santificaram !



entendre Importa Que É uma Missa o Sacrifício da Cruz e NOS unirmos A esse atosublime . Não Importa o Que entendre como palavras da Dizem Missa . Ajuda ? Sim, ajudar Pode, Mas Não Importa importår . E Quem Quiser Acompanhar como palavras PoDE decorar uma Missa em latim , Como decora o português , e Ainda pelosmissais Acompanhar e folhetinhos .



O latim , ademais , nsa Mostra uma pertença A uma Igreja Maior, universal , Que falaa MESMA Língua . Se tivermos Missa em latim como em Todas Igrejas (ao lado da Missaem vernáculo ) , então semper Que estivermos em qualquer Lugar do Mundo, poderemos ir NUMA Missa Que entenderemos , estaremos acostumados POIs .



O motivo de Para muitos gostarem do latim Não É Por Não Terem entendido o Que É aMissa , ainda. A Missa e Pará DEUS , nao para Homens OS. Não Somos NÓS entendre temosde Que palavras como Deus, mas.





Não valorizar uma Tradição representada Pelo latim , por outro lado, E não entendre nada da fé católica . Uma Missa em latim Evoca uma universalidade da Igreja , e uma Mostra Que dez Igreja Dois mil anos . Nossa fé Along Nasceu não. Estar em umaMissa em latim mostra- nsa Que Estamos Juntos naquilo Que OS santos viveram .



"O Latim Exprime de MANEIRA palmar e sensível uma Unidade EA universalidade da Igreja ". ( Sua Santidade , o Papa João Paulo I, Discurso AO Clero Romano)



E Quem Não Gostar do latim Ou não Importância SUA entendre , seusignificado Não compreender nenhum rito ?





Ora , OS Menos esclarecidos Estão os Saindo da Igreja Por Falta de Formação . Por entenderem o simbolismo Não Litúrgico . E Por causa disso , então, vamos Acabar com o simbolismo , entendem Não tão enguias Porque?

Então, se entendem Não Para muitos como letras , vamos o Que Fazer ? Acabar com o alfabeto ? Pelo contrário, vamos alfabetizá - los ! Aos Que Não entendem uma doutrina , vamos explicá- la .





Aos Que OS Símbolos Não entendem , vamos Ensinar a le -los. Em Vez de Acabar com o latim, aimportância vamos mostrar !





Enfim, o Maior do latim desperta USO NAS Pessoas Mais reverência , Mais do Entendimento Que Realmente Seja uma Santa Missa , Mais Respeito e Amor Pela Eucaristia .



Cabe lembrar Que QUANDO Falamos "Missa em latim "Não Estamos nsa referindo necessariamente a chamada " Missa tridentina ", o rito tradicional, forma extraordinária do rito romano , utili Que o Missal de São Pio V. Não . Também a " Nova Missa ", o rito moderno , Forma ordinária do Rito Romano , segundo o Missalde Paulo VI , a MESMA Que Utilizamos nd maioria de Nossas Igrejas, feitaem Ser PoDE latim . Na Verdade, o Que É normal tivéssemos Uma Missa em latim nenhum rito moderno AO Menos Todas Semanalmente em como paróquias .



---



Sabiás como palavras de Rafael Vitola Brodbeck !



Ainda Acrescendo Que TEM Para muitos buscado Por o latim, Significados Além dos católica de universalidade solenidade , e beleza Liturgica , procurar uma pureza do Rito Romano, devido EAo Trechos da Atual tradução brasileira em vigor revisados Que poderão ser.



Evidentemente, sos Trechos tiram um OU NÃO Validade uma licitude da Santa Missa .



Mas ESTAS imprecisões poderão Ser revisadas à Seu tempo , e Uma delas (na Consagração ) Roma Já Determinou Que esteja corrigida nd Próxima Versão brasileira do Missal (Documento da Sagrada Congregação Para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos , Prot. N. 467/05 / L , 17 de outubro de 2006); Este Documento se Encontra Mais Abaixo , Na íntegra .



Exemplos Desses Trechos da tradução em vigor ainda:



- Na Consagração , Foi o Sangue Derramado Traduzido "pro vobis et pro MULTIS "(" Por vos Por e Para muitos " ) para vos POR " e Por TODOS ";



- Nas Respostas dos Fiéis em contraditório dialogadas , " Et cum spiritu tuo "( E COM TEU Espírito " ) por "Ele Está no Meio de Nós ";



- Após o Ofertório , " Orate , Fraters : *** ut meum ac sacrifícum vestrum *** (*** O Meu EO vosso Sacrifício ***) acceptábile fiat apud Deum " omnipoténtem Patrem , para " Orai , irmãos , para quê *** *** o Nosso Sacrifício Seja aceito Por Deus Pai todo- Poderoso "(sem latim, distingue- se então o sacerdote sacrificio fazer - é que " Persona Christi "," Pessoa de Cristo " - do Sacrifício dos Fiéis , ver Catecismo da Igreja Católica . nn 1322-1498 , 1536-1600 , 1667-1673 ).



- Na Oração eucarística 1 ( o " Cânon Romano " ), na frase alude Que Nosso Senhor na instituição do Santíssimo Sacramento, traduz ele " Santas e Veneráveis Mãos "( literal do latim : " Sanctas Ac Venerabilis Manus Em suas " ) para Simplesmente POR " Mãos ".



Como mostramos Anteriores NAS postagens, liturgistas Para muitos adeptos da teologia modernista , OU ELA Por influenciados , e COM SUAS Que como Novas interpretações litúrgicas pretendem negar ofuscar OU OS Mistérios da Presença Real e Substancial de Nosso Senhor nd hóstia Consagrada , da Santa Missa Renovação Como fazer Sacrifício de Nosso Senhor e do Sacerdócio Ministerial.



Tais Bem modernistas compreender o valor dos Símbolos Para o Ser Humano , e para quê SUAS Novas concepções litúrgicas Sejam EAo assimiladas poucos , Fazem Questão de desprezar OS Sinais Externos da Apontam Liturgia para quê SUA Essência Verdadeira Adoração e um par de Nosso Senhor nd hóstia Consagrada :



- dobrar o SO Joelhos parágrafo adorar



- Como completas paramentações fazer celebra Que sacerdote



- O esplendoroso altar , ornamentado com castiçais e Arranjos de flores



- O USO frequente o valor do Incenso -do latim Como Língua sagrada



- A Santa Missa celebrada em "Versus Deum "(" Voltado parágrafo Deus " , com sacerdote e povo voltados Para a mesma direção, o Cardeal Ratzinger Como , hoje Papa Bento XVI , recomenda Que não se faca Seu livro " Introdução ao Espírito da Liturgia ")



- Uso o do latim Como Língua Sagrada nd Celebração da Santa Missa (E AQUI NOS MAIS NESTA Interessa postagem !)



Ignorar o valor Desses sagrados Sinais e Ignorar A própria alma humana , a Influência do Meio Externo EA Elementos Importância dos simbólicos . A Liturgia católica e extremamente humana : Todas Compatível com Necessidades como do Ser Humano.



Ora, se parte do Princípio Alguém Santa Missa NÃO É A Renovação do Santo Sacrifício de Nosso Senhor , Mas Somente Uma "ceia Entre os Irmãos ", PORQUE Haver Tanto zelo Pela Missa , um Ponto de valorizarmos Uma Língua Sagrada Especialmente n Celebra -la?



E aqui , Compreendemos o falso Princípio do contraditório qua Para muitos , o Que OS leva, fatalmente , a desvalorizar o latim .





Mas uma Pergunta Que Fazemos Naturalmente é: Como Dar Passos Concretos nenhum sentido de aproximar o latim dos Fiéis ?



ALGUNS Para sugerir caminhos, voltemos a Pe e Respostas de Dom Antonio Keller. Paulo Ricardo, NAS entrevistas citadas.





QUANDO perguntado "É Possível USO UM resgatar Mais do que regular um idioma latino Mesmo NA Forma ordinária do Rito Romano , não chamado " rito moderno "esse Que Nossas usamos em paróquias ? Como dar OS Passos n isso ? " , Dom Antonio Keller respondeu :





" Penso sim Que, Desde Que se FUJA da Pura Visão folclórica , OU saudosismo de um, a meu ver Tão prejudicial Como São OS Abusos cometidos nd Liturgia . Expressa O latim uma universalidade da Igreja, catolicidade SUA, E mais do Que Uma simples Que Questão geográfica : a Igreja É um Una , Santa, Católica e Apostólica'de Igreja de Cristo, um Aberta Todas como geografias , como uma Todas culturas , como uma Todas épocas. Ora, isso Exige , da parte de Quem integra uma Igreja, Uma visão universal , Aberta, não " Paroquial ". O Latim Abre esta perspectiva de universalidade . O Grande Problema Será semper Não Uma Questão Bem simples de pronunciar , corretamente o Latim, mas de Abrir -se à Igreja da catolicidade , sentir-se dela Cidadão universal, pronto em aceitar uma Todas Seu seio como Realidades Espirituais dignas e Humanas . O USO do latim NÓS compreender faz- nsa como, católicos , Onde Quer Que estejamos , temos uma fé MESMA e celebramos OS mesmos sacramentos.Praticamente , Que penso, ANTES DE SE Começar em um latim Celebrar , NAS Paróquias , séria Preciso deixar claro Bem , Para o povo , a razão disso ... Senão, Tudo Não Passa de Uma Questão de simples estética Lingüística, de Uma busca hum de " purismo " CRIA Litúrgico Que um mentalidade se Fazer parte De uma casta especial nd Igreja ( entendem Que OS latim ...), Seriam Que aqueles Que participam da Santa Missa em latim ...: o Restante dos Comuns católicos continuariam Ignorância nd nd mediocridade e litúrgicas ... "





E Pe . Paulo Ricardo, Sobre o Mesmo Assunto:



"É evidente Que Tudo Pode Ser isso e DEVE Feito Processo UM Dentro, de hum Movimento gradual. Eu costumo semper Dizer Que eu Odeio Tanto Que revoluções como Rejeito Até QUANDO ELAS São a favor de uma Meu . Uma revolução Que de repente coloque em latim e Tudo da beleza em gregoriano Seria Tão detestável QUANDO uma revolução da qua NÓS Estamos Querendo livrar nos. O povo de Deus Não se mova Por decreto . O povo de Deus respeitado DEVE Ser educado e lenta e gradualmente , parágrafo trazido a plenitude da fé católica e da Liturgia Católica , do contrario PORQUE Seria violentar o povo. "





Como Perceber podemos, Dom Antonio Keller e Pe . Paulo Ricardo sugerem equilibrados Caminho, sem radicalismos , Mais uma Fiéis Aquilo Que o Papa Espera da Igreja Como hum Corpo.





Abaixo, segue citado Documento citado A respeito da Expressão "por Para muitos "ou todos " POR " , Na íntegra ....



---



CONGR. CULTO DIVINO SOBRE A TRADUÇÃO DA EXPRESSÃO "PRO MULTIS " Por Cardeal Francis Arinze Cardeal



Carta da Congregação Para o Culto Divino dosSacramentos EA Disciplina Sobre a Expressão da tradução "pro multis "



Congregatio de cultu Divino et SacramentorumProt Disciplina . N. 467/05/L



Roma, 17 de outubro de 2006



Eminencia Sua Excelência /



Em julho de 2005 , ESTA Congregação Culto Divino Para o bis Disciplinados Sacramentos , com um par De acordo Por uma Congregação Doutrina da Fé, Escreveu um de Todos os Presidentes das Conferências Episcopais n requeijão SUA Opinião ponderada Acerca da tradução , Diversos SO n vernáculos , expressão da pro multis nd fórmula Para a consagração doPreciosissimo Sangue Durante a Celebração da Santa Missa ( ref.Prot.N. 467/05/L de 9 de julho de 2005 ).



As respostas RECEBIDAS das Conferências Episcopais Foram estudadas Duas Pelas Congregações e hum relato Foi Feito Para o Santo Padre. Soba DELE direção, ESTA Congregação escreve uma ágora Sua eminencia nsa / Excelência Em termos seguintes :



1. Um Texto correspondente As Palavras pro multis , transmitido Pela Igreja, constitui uma fórmula em OSU Pelo Rito Romano em Latim Desde osprimeiros Séculos . Nos últimos 30 anos Aproximadamente , ALGUNS textos em vernáculo aprovados contiveram uma tradução interpretativa " portodos ", "per tutti " equivalentes , ou.



2. Não HÁ Absolutamente qualquer dúvida Sobre a Validade das missas celebradas com o Uso de Uma fórmula devidamente Aprovada Contendo a fórmula Equivalente a "por todos " , conforme a Congregação um parágrafo Doutrina da Fé declarou ja ( cf. Sacra Doctrina Fidei Congregatiopro , Declaratio de sensu tribuendo ad formularumsacramentalium versionum probationi , 25 Ianuarii 1974, AAS 66 [1974] , 661 ). Com Efeito , uma fórmula POR " todos " indubitavelmente corresponderia expressada Senhor um umainterpretação correta da Intenção do Texto não . É dogma de fé hum Que Cristo Morreu Por nd Cruz Todos OS Homens e mulheres ( cf. João 11:52 ; 2 Corintios 5,14-15 ; Tito 2,11 : 1 João 2,2) .



3. Há, contudo, em favor Para muitos Argumentos de Uma tradução Mais Precisa da fórmula tradicional pro multis :



a. Os Evangelhos Sinóticos ( Mateus 26,28 ; Marcos 14,24 ) Específica Referência Fazem Para muitos um " Pelos Quais o Senhor oferece o Sacrifício , e ESSA Formulação Foi enfatizada poralguns estudiosos bíblicos com Conexão em palavras como fazer profeta Isaías (53, 11 - 12). Teria Sido Perfeitamente Possível EAo dito Terem textosevangélicos " Por Todos " (por exemplo , cf. Lucas 12,41 ), todavia, a fórmula apresentada na narrativa da Instituição é " Para muitos POR " , e como palavras Foram assim Traduzidas fielmente nd maioriadas versões Modernas da Bíblia .



b. O Rito Romano em Latim semper Disse pro multis e pro Nunca omnibusna consagração do cálice .



c. Como anáforas dos Diversos Ritos Orientais em Grego , Sejam , o Siriaco , Armênio , Línguas eslavas , etc contemplação O equivalente verbal do latim pro multis em SUAS Línguas respectivas .



d. "Por Para muitos " e Uma tradução sensação de pro multis , AO Passo que " portodos " Investifino é, ao, Uma Explicação do tipo catequese propriamenteà Que Pertence .



e. A expressão "por Para muitos ", embora permaneça Aberta à Inclusão decada Pessoa Humana , também reflete o Fato de Que ESSA Salvação Não éefetuada de Automático MoDo um, sem o concurso da Vontade Ou a Participação de CADA UM ; Pelo contrário , o sentir Convidado É um aceitarna fé o dom oferecido EA receber a Vida Sobrenatural Que É dada àqueles Mistério Neste Que participam , Pondo isso Também em Vida práticana , contado Ser n. No número daqueles " Para muitos "aos Quais o Texto Faz Referência .



f. De acordo com De uma Instrução Liturgiam Authenticam , DEVE Haver o parágrafo Esforço Uma Maior Fidelidade EAo textos latinos contidos NAS Edições típicas.As Conferências dos Bispos daqueles Países Onde a fórmula "por todos " OU SUA Equivalente ESTÁ Atualmente em São vigor , portanto, uma requisitadas Realizar uma catequese necessaria EAo Fiéis Sobre essaquestão nsa Próximos Dois anos OU UM , parágrafo prepara- los para aintrodução De uma tradução vernacular Precisa da fórmula pro multis ( ou seja, "por Para muitos , " por molti ", etc ) na Próxima tradução do Missal Romano Que OS Bispos EA Santa Sé aprovarem n USO Seu País em .



Com uma expressão de Minha estima alta e respeito, permaneço ,



Eminencia Sua Excelência /



Devotamente Cristo em Seu , Cardeal Francis Arinze , Prefeito





---





Nas Aparições da Virgem Santíssima em Fátima (Portugal, 1917), Oficialmente reconhecidas Pela Santa Igreja , Quando o Anjo Apareceu como par Crianças, APARECER pingos da Virgem , Ele trazia Consigo Uma hóstia Consagrada . Prostrando -terra Por si só, ensinou um ELAS uma Oração seguinte :





"Meu Deus : Creio eu, adoro , vos Espero -e amo- Vos. Peco -vos aqueles Perdão Por Que Não Creem , Adoram Não, Não e Não esperam Amam vos . "



Que uma Grande Mãe de Deus, Mãe da Eucaristia , Pela Sua Poderosa Intercessão , nsa conceda uma Graça de CRER , adorar , amar e zelar Pelo Santíssimo Corpo do Deus- Amor Sacramentado e Pelo Santo Sacrifício da Missa ...


terça-feira, 14 de setembro de 2010

Arquidiocese de Niterói e as palmas na Santa Missa

Dom Roberto Francisco Ferrería Paz, Bispo Auxiliar de Niterói, em seu último artigo publicado no site da Arquidiocese, explica o porquê D. Alano e ele proibiram as palmas dentro das Celebrações Eucarísticas da Arquidiocese:


Porque não se adequa a teologia da Missa que conforme a Carta Apostólica Domenica Caena de João Paulo II do 24/02/1980, exige respeito a sacralidade e sacrificialidade do mistério eucarístico: “0 mistério eucarístico disjunto da própria natureza sacrifical e sacramental deixa simplesmente de ser tal”. Superando as visões secularistas que reduzem a eucaristia a uma ceia fraterna ou uma festa profana. Nossa Senhora e São João ao pé da cruz no Calvário, certamente não estavam batendo palmas. Porque bater palmas é um gesto que dispersa e distrai das finalidades da missa gerando um clima emocional que faz passar a assembléia de povo sacerdotal orante a massa de torcedores, inviabilizando o recolhimento interior. Porque o gesto de bater palmas olvida duas importantes observações do então Cardeal Joseph Ratzinger sobre os desvios da liturgia : “A liturgia não é um show, um espetáculo que necessite de diretores geniais e de atores de talento. A liturgia não vive de surpresas simpáticas, de invenções cativantes, mas de repetições solenes. Não deve exprimir a atualidade e o seu efêmero, mas o mistério do Sagrado. Muitos pensaram e disseram que a liturgia deve ser feita por toda comunidade para ser realmente sua. É um modo de ver que levou a avaliar o seu sucesso em termos de eficácia espetacular, de entretenimento. Desse modo, porém , terminou por dispersar o propium litúrgico que não deriva daquilo que nós fazemos, mas, do fato que acontece. Algo que nós todos juntos não podemos, de modo algum, fazer. Na liturgia age uma força, um poder que nem mesmo a Igreja inteira pode atribuir-se : o que nela se manifesta e o absolutamente Outro que, através da comunidade chega até nós. Isto é, surgiu a impressão de que só haveria uma participação ativa onde houvesse uma atividade externa verificável : discursos, palavras, cantos, homilias, leituras, apertos de mão… Mas ficou no esquecimento que o Concílio inclui na actuosa participatio também o silêncio, que permite uma participação realmente profunda, pessoal, possibilitando a escuta interior da Palavra do Senhor. Ora desse silêncio, em certos ritos, não sobrou nenhum vestígio”.



Finalmente porque sendo a liturgia um Bem de todos, temos o direito a encontrarmos a Deus nela, o direito a uma celebração harmoniosa, equilibrada e sóbria que nos revele a beleza eterna do Deus Santo, superando tentativas de reduzi-la à banalidade e à mediocridade de eventos de auditório.



+ Dom Roberto Francisco Ferrería Paz

Bispo Auxiliar de Niterói

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Celibato

Pe. Paulo Ricardo de Azevedo Júnior


O sacerdote e o profeta cambaleiam embriagados, tontos de vinho, a vista embaralhada no momento das visões. As mesas estão cheias de vômito [cena típica de uma embriaguez coletiva]). É só lei e mais lei. (Is 28, 7ss.

Aquilo que Deus pede de nós se torna uma língua estrangeira se estamos embriagados.

Por que tomei este versículo? Por que é justamente este o problema do celibato na Igreja. Muitos falam de crise de vocações e dizem: a falta de vocações é um problema, por que a Igreja de Roma, o bispo de Roma, que é um usurpador dos direitos das dioceses, das Igrejas Particulares, ele quer impor a todos o celibato. Existem alguns padres no Brasil, e não estou dizendo uma teoria, estou denunciando uma realidade da Igreja do Brasil – que dizem assim: Se o Papa quer o celibato, que ele viva! Nós não queremos! Queremos a liberdade do celibato, e já que o Papa não libera o celibato, nós vamos liberar na prática. O Papa é um velho de 80 anos, mas nós somos jovens, queremos viver o amor livre. Isto já é um movimento dentro da Igreja do Brasil. Não pensem bondosamente que esta mentalidade é uma luta pelo padre casado. O casamento supõe castidade cristã, supõe fidelidade, e isto também é complicado. Achamos que castidade é difícil só para quem é celibatário. Não, castidade é desafio para todos, também para quem é casado. Muitos jovens me dizem: Não sei como você agüenta o celibato, e eu respondo: Não sei como você agüenta a castidade no casamento, pois ela é dura e difícil. Existe um movimento ideológico, sem nome, sem partido, sem registro no cartório, mas está aí este movimento que quer acabar com o celibato na prática. E digo isto sem medo de errar, e para abrir os olhos de muitos de vocês. Esta realidade é a fumaça do demônio dentro da Igreja Católica do Brasil. E então se diz: Faltam padres por causa do celibato, por causa desta cruz pesada que o Bispo de Roma impõe aos padres do ocidente.

O que falta não são vocações, o que falta é fé. A crise na Igreja Católica, de modo especialíssimo, a crise da Igreja Católica no Brasil, é uma crise de fé. As pessoas não acreditam mais. Por que crise de fé? Preciso dizer bem claro: por que o celibato é um carisma e fica muito difícil entender um carisma se não tenho fé. Por exemplo, é difícil acreditar que o dom de línguas é um dom de Deus se você não tem fé. Torna-se um negócio ridículo pura e simplesmente. Se Deus não age, se não é ação de Deus, como é que algo vai ser carisma, como é que vamos acreditar no dom de cura, nos milagres, no dom de profecia, no dom de palavra de Sabedoria. Como vamos acreditar em um carisma se não temos fé? A mesma coisa acontece com o celibato. O que falta é a fé!

É na falta de fé que está a raiz do problema. Que falta de fé é esta? Fé em que? Fé em acreditar que a proposta do Evangelho é caminho de felicidade!

Bismarck, famoso ditador da Alemanha, dizia que uma mentira dita um milhão de vezes, torna-se verdade. É assim na cabeça do povo, especialmente do povo brasileiro. A mentira dita um milhão de vezes é a seguinte: Ninguém é feliz sem sexo! Portanto, o sexo tornou-se um valor absoluto, ele traz a felicidade, em si mesmo! Em palavras mais claras: o sexo tornou-se Deus. Pois, uma coisa que em si mesma traz a felicidade é Deus, não é? Na realidade, muitos têm um outro Deus, um Deus que não é Deus – o Deus do sexo. É necessário que voltemos à fé do evangelho, que acreditemos realmente naquilo que o Senhor nos propõe – a castidade cristã, o celibato.

Como vamos chegar a isto? Apontamos até agora o problema, precisamos então resolve-lo. Este problema precisa ser resolvido primeiro dentro da gente, para que possamos

2

também pregar isto. Um padre que não acredita na felicidade do seu celibato, será um padre que não empolga ninguém. Ninguém se empolgará com um padre cabisbaixo, entristecido – Infelizmente não tenho mulher, fazer o que!. Onde é que está a felicidade, a beleza do celibato?

Num primeiro momento, precisamos ver a beleza da sexualidade humana. O nosso tempo perdeu a noção de beleza da sexualidade. Não temos mais noção da beleza, pois o belo é algo gratuito, é inútil. Nós, por outro lado, estamos em uma sociedade onde o que vale é o que é útil, então, claro, o que é belo não tem utilidade. Fizemos uma reforma no seminário de Cuiabá, construímos uma capela bonita. Quantos padres entraram lá e disseram: Pra quê você gastou tudo isso? Por que realmente é inútil, o belo é inútil, e por isso, está desaparecendo! Ninguém se preocupa com o belo.

Se há alguma preocupação, é pelo seu próprio belo, numa visão narcisita – Eu preciso ser bonito. Produzir a mim mesmo.

Existe uma beleza em ser como Jesus e ser e sonhar como Jesus é. Existe uma beleza na sexualidade que Deus nos deu. Se queremos a beleza de ser como Jesus, precisamos entender primeiro a beleza da sexualidade humana. A sexualidade humana é uma obra de arte, uma maravilha.

E este é o primeiro passo que precisamos dar como celibatários ou futuro celibatários:

1o – Eu preciso arrancar o sexo das mãos do demônio e colocá-lo nas mãos de Deus – Pois, de tanto ver o sexo negativamente, muitas vezes, vemos o sexo como coisa do demônio. É como se Deus tivesse criado o homem assexuado e o demônio foi e criou o sexo. Mas o sexo é criação de Deus, portanto, é uma beleza. Como padres celibatários, precisamos saber cantar a beleza da sexualidade humana: o sexo é bonito, é maravilhoso, é um presente de Deus. Que, infelizmente, como tudo o que faz o demônio invejoso, ele pega o que é de Deus e perverte. O sexo foi feito para ser vivido no amor de total doação de um homem por uma mulher e de uma mulher por um homem, para que os dois dêem origem à vida. Meu próprio corpo fala isso. O corpo humano é um sacramento que me indica. O sexo fala de mim, da minha pessoa. O sexo fala de onde eu venho e para onde eu vou. De onde eu venho? De uma doação mútua de um homem e de uma mulher. Eu mesmo sou um presente. Um presente que foi me dado por Deus. Que eu mesmo recebo, eu me recebo como presente de Deus. A sexualidade humana me fala deste dom gratuito, aleatório, parece louco, caótico, mas não é um mero acaso, é a vontade divina. A união de um homem e de uma mulher me fez puro dom e presente de Deus. O sexo fala da minha origem: eu não me mereci, não me planejei, nem meus pais me planejaram, eles nos receberam. O meu corpo não só fala da minha origem mas fala para onde vou? Qual é o meu destino. Meu corpo fala-me que nasci para amar. É aqui que vem outra verdade importante: é necessário que saibamos que fomos feitos para ter uma relação sexual com uma mulher. Parece bobagem dizer isto, mas muitos não se dão conta disso. Muitos pensam que celibato é solteirice, ou seja, sou solteiro para o resto da vida. Mas o celibatário não é um solteiro. Um solteiro é alguém que aguarda o encontro da pessoa para a qual ele vai se doar, no amor do matrimônio. O celibatário é outra coisa. É importante que saibamos que cada célula de nosso corpo, tudo aquilo que somos, o nosso corpo nos diz que fomos feitos para nos entregarmos a uma mulher. Só este pequeno capítulo aqui é uma cura interior, que deve ser muito bem trabalhado, em oração de cura interior, para aqueles que, possivelmente, não aqui, na lua, para aqueles que tenham alguma tendência homossexual, mas não aqui, na lua – aqui não tem ninguém. O fato de termos nascido para nos entregar a uma mulher é uma verdade de Deus, esta é a verdade a meu respeito. Não existe esta mentira de que é questão de opção sexual – Ah não, eu opto! Como posso escolher entre o sorvete de morango ou de

3

chocolate, eu opto entre ter sexo com um homem ou uma mulher! Esta é uma mentira que qualquer manual de biologia da oitava série pode desmentir. Por que você estuda aparelho reprodutor em um capítulo e aquilo significa reprodução. E não adianta fazer raciocínios mil – a verdade de Deus é esta! É a verdade escrita por Deus em nosso corpo. O meu corpo fala de mim. Se Deus quer de mim o celibato, aqui se supõe um carisma, uma graça. É por isso que ninguém acredita no celibato. Por que? Por que se não houver intervenção de Deus, não tem sentido. E agora eu pergunto: esta sociedade que está aí fora e até mesmo muitos padres, acreditam que Deus age em nossas vidas? Estou convidando vocês para que entrem em uma visão de mundo diferente. Apaga da sua cabeça o que você recebeu de errado de uma sociedade pagã e ponha agora a verdade cristã em sua cabeça e em seu coração. A verdade cristã é a seguinte: Deus age, Deus está presente em nossa história, Deus intervém, não necessariamente milagrosamente, mas intervém sobrenaturalmente sempre. Tomamos café da manhã, agradecemos a Deus pela comida, mas, não aconteceu nenhum milagre. Deus não proviu miraculosamente o alimento. Nesta realidade perfeitamente natural, você enxerga uma intervenção divina, por que você tem fé. Quem não tem fé, come de qualquer jeito. É maravilhoso enxergar a ação de Deus nas coisas mais corriqueiras e banais. Temos que agradecer a Deus por tudo aquilo que nos dá e também por aquilo que ele nos nega. Quando diz não é por que ama você. Agradeça a Deus também por aquilo que ele nunca te deu. Temos que entrar em uma outra visão do mundo, ver Deus que está ao nosso lado Emanuel – Deus conosco – este é o mistério que celebramos no Natal. Deus está conosco, caminha junto conosco. Não é o grande arquiteto que criou o mundo e largou-o. Se você existe agora, é porque Deus está sustentando você no ser. Se ele tira a mão, você cai no nada. O próprio fato de você existir é plena atestação e testemunho da fidelidade de Deus. Não somos seres autônomos, somos seres recebidos. Deus sustenta o mundo no ser. E isto é importantíssimo em nossa espiritualidade – ele intervém em cada momento, em cada segundo para que você exista. É intervenção divina. Aquilo que nós chamamos de lei da natureza na teologia chamamos de fidelidade de Deus. Lei da natureza: nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. Lei da teologia: uma vez criado, Deus não volta atrás, ele não se arrepende, pois ele é fiel. O celibato é intervenção divina. Por isso, é muito claro e evidente que em uma sociedade e em uma Igreja em crise, onde as pessoas já não acreditam mais, é óbvio que o celibato não faz sentido. Claro, eles olham a natureza das coisas, o homem foi feito para a mulher e vice-versa, e pronto. E ficam nessa realidade, na realidade puramente física, não olhando na realidade da intervenção de Deus. O trecho de Isaías que eu citava no início, expressa a realidade de muitos padres que na hora da visão, têm as vistas cansadas, não enxergam as coisas como Deus as enxerga e como a Igreja nos ensina. Por isso o primeiro passo deve ser um ato de fé.

2o – O celibato é um carisma, intervenção de Deus. Então, o celibatário não é alguém que abomina o sexo, mas alguém que ao celebrar o sexo e perceber que o sexo é algo tão maravilhoso e tão bonito, é capaz de entregá-lo para Deus. Entregar a sexualidade bela para Deus. E como vamos entregar? Isto é carisma, é dom de Deus. Pois é ele que nos dá a capacidade de amar. Se existe alguém que ama na face da terra é por que o Espírito Santo nos deu este presente.

3o – Eu sou um dom recebido, feito para ser doado. Isto quer dizer que somos filhos. O filho é aquele que se recebe. Eu não me fiz. Não sou um cogumelo que brota na grama sem pai nem mãe. Me recebi como dom e como presente. Desta verdade tenho a lei fundamental de capacitação para a castidade cristã e para o celibato. A lei fundamental é a seguinte: só é celibatário quem sabe que é amado e sabe que é capaz de amar. Temos então dois grandes entraves, dois grandes problemas em nossos seminários – muitas vezes por um ou por outro problema, ou pelos dois problemas, o seminarista não é capaz de amar, não é

4

celibatário. O seminarista não se ama, não enxerga que recebeu amor e então, não é capaz de amar. O que é o amor? É a doação de si! Ou seja, eu sei que alguém se entregou por mim, eu sei que alguém me amou, sei que sou amado. Dizer que somos amados significa que alguém se entregou por mim, alguém se destruiu para que eu fosse. Alguém entregou algo de si ou todo o seu ser para que eu fosse. E a grande verdade é esta: nós somos amados primeiramente, especialmente, por Deus! Deus se entregou por mim, portanto, se não há esta verdade em minha vida, eu não serei celibatário. Um padre frustrado, que não se sente amado, pode ser casto como um anjo, mas isto não é verdadeira castidade. Pode ser puro, sem sexo, mas não é celibatário. A cadeira na qual vocês estão sentados, também é pura e sem sexo, mas não é celibatária. Por que? Por que ela não sabe que é amada! O celibato é uma realidade de amor: Eu sou amado e por isso também amo! Que coisa extraordinária que eu exista! Que coisa extraordinária que Deus tenha me escolhido, que eu tenha nascido! E quanto menos dotado, bonito, inteligente você for, mais está clara a predileção de Deus! Um testemunho: eu antigamente, me odiava, não gostava de mim mesmo! Desde os 12 anos de idade, pus na cabeça que queria ser padre. Já pensava isto antes, mas só aos doze anos as coisas se definiram. A coisa para mim estava certa. Tive mudanças quanto a conversão, o que é diferente. Vocação não significa necessariamente conversão. Tem muito padre que necessita de conversão. Eu não gostava de mim mesmo! Sempre fui assim: 1,84, magro, como sou hoje! Imagine só: com quinze anos de idade já tinha esta altura! Era muito magro, mais magro do que sou hoje! Quando fui para Roma, engordei quase 20 quilos. Imagine como eu era magro! Pois bem, eu andava sempre de social, camisa de manga comprida, alguém me perguntava: por que você anda assim? Eu vou ser padre! Então eu já era padrequinho desde os 12 anos de idade. Desculpava-me dizendo: pudor eclesiástico, compostura eclesiástica. Que nada, eu tinha era vergonha do meu corpo. Usava manga comprida por que achava meu braço horroroso, magrelo. Depois veio a adolescência, começou a ficar cabeludo, parecia que eu era o elo perdido entre o homem e o macaco. Um palito seco e cabeludo – que coisa linda! Na casa de meus pais tinha piscina, mas era preciso pagar um alto salário para eu entrar na piscina: Eu não entrou na piscina, vou ser padre! Que nada, eu tinha era vergonha de tirar a camisa. Tinha vergonha de aparecer sem camisa. Depois começou o cabelo a cair, esta testa avantajada, sinal de grande inteligência. Fui dotado também de orelhas discretas, dentes charmosos, além de ter este tórax imenso, de nadador da seleção brasileira. Era uma tragédia. Eu definitivamente não me amava. Então, o que é que eu fiz: mergulhei nos estudos. Pelos menos no que dizia respeito a roupa bonita e notas, ninguém poderia dizer que eu era feio. Tinha nota boa, era elegante. Tudo bem! Eu me amava assim! Até que finalmente, Deus é Deus, e ele foi mostrando o seu amor por mim. O que me levou a ver o amor de Deus: um pensamento muito simples. Gostava muito de matemática, e comecei a calcular a probabilidade de nascer um outro filho de meu pai e de minha mãe que fosse muito mais bonito do que eu. E esta probabilidade não era muito distante. Minhas irmãs são as duas muito bonitas, de feioso na família só saí eu. Quem as conhece, logo pergunta – São suas irmãs? Olha para mim, olha para elas e diz: Não acredito! Eu pensei – quantos homens mais bonitos do que eu poderiam ter nascido do meu pai e de minha mãe. Chutando por baixo, 1 bilhão! Pois bem, imagine um exército imenso, os mais bonitos na frente, Deus se reúne e escolhe a mim. E Deus diz: O feioso e orelhudo ali no fundo! Quem eu? É você! Você que irá nascer! Os outros mais bonitos, hábeis, inteligentes, não irão nascer, pois foi a mim que ele amou, ele me quis. E foi isto que me salvou! Hoje tiro a camisa, faço festa, e não há problemas! Não tenho mais complexo com relação ao meu corpo. Podemos pensar outras dez mil coisas, mas é importantíssimo que você saiba que Deus amou você se quer realmente ser celibatário. Se receba como presente – Ele me quis!

5

Como é que eu sei que posso amar? Aqui, temos o dom, a graça, o privilégio do Espírito Santo. É um dom infinito de Deus quando um homem aprende a amar. Só as pessoas humanas amam. Amar quer dizer renunciar para que o outro seja feliz! E existe aqui o fundamento da nossa liberdade: “O homem é livre na medida em que não depende de nada, e de ninguém, mas apenas daquilo que ama!” (Amedeo Cencini). A conseqüência lógica é ao contrário: O homem é escravo quando depende daquilo que não pode e não deve amar! Ou porque aquilo não é digno de ser amado, ou porque a sua identidade não está ali. Eu nasci para amar alguém. E quando começo a amar coisas que eu não deveria amar, perco a minha liberdade, a minha identidade. Esta definição de liberdade é de uma verdade psicológica, teológica, filosófica, espiritual, que merece o prêmio Nobel de filosofia, se existisse. Se você é livre é porque você não depende de nada, nem de ninguém, a não ser daquilo que você ama. Eu amo a Deus. Se você ama a Deus, ou você está aprendendo amar Deus, ou você deseja amar Deus, pois bem, dependa só dele, não dependa de mais nada. Seja livre! É neste ponto que se revela diante de nossos olhos a maravilha do celibato. O celibato não é uma lei, como diz Isaías: lei mais lei. O celibato não é questão de lei, é liberdade. É a liberdade que a Igreja concede aos padres. Liberdade maravilhosa, de só depender daquele que eu amo, e de mais ninguém. Se você nasceu para amar uma mulher e para se entregar a ela, por que esta é a vocação de Deus, e este é o carisma do matrimônio, que Deus te dá, então você casa, se entrega àquela mulher, e fazendo isto você está também amando a Deus, pois está obedecendo a ele. Mas nós padres somos chamados a ser livres totalmente, e isto quer dizer amar somente a Deus e ser livre com relação a tudo o mais. É o espaço da liberdade que se abre diante de nossos olhos. Porém, temos que lembrar que este celibato é humano. Você é capaz de amar. Vemos que somos capazes de amar por que isto nos atrai, por que vemos esta capacidade dentro da gente. Que maravilha poder amar, poder me doar, me derramar de amor! Este é um dom extraordinário de Deus.

Precisamos agora, depois de ter colocado fundamentos teológicos e psicológicos para o celibato, passar para a parte prática. É preciso que tudo isto se transforme em vida.

Não existe muita mágica, mas existe vida! Não é mágica ser celibatário. Existe uma realidade importante: nós não inventamos o celibato. Você não precisa experimentar tudo para o celibato dar certo. Existe uma tradição bonita e antiga dentro da Igreja que nos ensina a ser celibatários. Uma das coisas maravilhosas do Concílio Vaticano II e da Renovação Carismática é o retornar às fontes, às origens, nos padres da Igreja. Nada é mais em sintonia com a Renovação Carismática do que cultivar uma espiritualidade dos Padres da Igreja.

Uma dica: a Renovação Carismática tem no mundo duas correntes teológicas: a corrente americana, que é a original, e que a meu ver não é a melhor. A sociedade americana é muito embebida pela mentalidade evangélica, protestante. Eles pensam muito como os protestantes. Infelizmente são estes os livros mais traduzidos, lidos, decorados, aqui no Brasil. Mas existe uma outra corrente teológica na Renovação Carismática que é a Européia, de grandes nomes, infelizmente não muito conhecidos no Brasil, o mais conhecido de todos no Brasil é o Padre Raniero Cantalamessa, pregador da Casa Pontifícia, que por acaso é patrólogo. E vocês conheceram o ano passado mais um: Daniel Ange. Se você lê os livros dele, verá que é Padre da Igreja do início ao fim. Ele é embebido em Patrologia. Em espiritualidade da Igreja antiga. E isto é muito conforme ao espírito fundacional da Renovação Carismática, pois a Renovação quer ser um renovar da Igreja através de suas fontes, de suas origens. Só que a Igreja em suas fontes, não era protestante, era católica. Tinha santos Padres, teólogos, autores espirituais importantíssimos. Existem muitos patrólogos famosos que são da Renovação Carismática. Um deles é o próprio Cardeal de Viena, Christoph von Schönborn, é especializado em Patrística e é

6

da Renovação Carismática. É o meu candidato a Papa. Ele é muito ligado à Renovação e é muito voltado para a Patrística, especializado em espiritualidade do oriente cristão, S. Máximo Confessor. Se fôssemos um pouco mais estudiosos teríamos acesso a estes grandes teólogos. É muito mais fácil ler um livrinho aí com versículos bíblicos um atrás do outro. Tá bom! Se vamos na solidez da tradição católica, alcançamos muito mais. A Renovação nasceu nos Estados Unidos mas se solidificou na Igreja Católica por causa do esforço destes teólogos europeus. Nós não estamos inventando o celibato, já existe uma tradição da Igreja, temos de olhar para os Padres da Igreja, que nos ensinam a viver o celibato! Temos de olhar para uma tradição de 2000 anos. Não para uma tradição de 30 anos. Se não olharmos para a tradição do como se vive o celibato, estamos arriscando a dar com a cabeça na parede o tempo todo! Não podemos inventar o celibato, temos de recebê-lo da tradição.

O celibato está ligado ao amor, está ligado à nossa capacidade de desejar, de desejo. E aí vem o grande problema para nós, geração dos anos 90, a now generation, geração do agora, tudo tem que ser agora. Esta geração precisa ser curada em sua capacidade de desejar. Por que esta é uma lei psicológica: se você faz tudo o que você deseja, você mata a sua capacidade de desejar. Se toda vez que você sente vontade de fazer sexo, você faz, a sua vontade de desejar vai morrendo, então precisamos purificar a nossa capacidade de desejar. Ela está embotada, amarrada, embaçada, não está enxergando as coisas, portanto, não deseja as coisas. É por isso que somos gente deprimida, tão para baixo, jovem que tem tudo para ser energia, para ser vida, é todo desanimado. Existem os momentos de euforia provocados por sexo, drogas, álcool, rock, em que se faz tudo o que se deseja e depois que fez tudo o que deseja, vem aquele longo momento de depressão, fica-se a semana deprimido, esperando o sábado à noite, injeta-se droga, bebe álcool, euforia novamente, depressão novamente... A sua capacidade de desejar vai morrendo. Quando mais sexo você faz, menos você é um homem capaz de desejar, menos será capaz de amar. Aqui é que está a dificuldade que temos de amar. Por isso é necessário a mortificação, renúncia, ascese.

1o – O que é ascese? Vem do grego askeo, quer dizer exercício, exercitar-se. Precisamos renunciar, abster-se. Não podemos dar tudo que nosso corpo quer. Quando vemos na tradição da Igreja que se ensina aos padres, aos seminaristas, que é necessário renúncia, ascese, não estamos falando de coisa do passado, estamos falando de algo que nos ressuscita, que ressuscita a nossa capacidade de amar. Se masturbe trezentas vezes seguidas e veja o que sobrou de sua capacidade de amar. A masturbação mata a nossa capacidade de amar. A pornografia mata a nossa capacidade de amar. E como vamos nos livrar da pornografia, da masturbação e de tudo aquilo que mata a nossa capacidade de amar? Através de uma vida ascética. É necessário começar a negar ao seu corpo o que ele deseja. Se você mora em algum seminário em que o reitor já ensinou você a ser asceta, a fazer jejum, abstinência, levante os braços para o céu e agradeça a Deus, pois a maior parte dos seminaristas nunca ouviu isto. E se por acaso ouviram, ouviram de uma forma que não atrai e que não explica o por que. Ascese é ressurreição. O jejum é ressurreição. É maravilhoso por que ressuscita a minha capacidade de amar. Os Padres da Igreja nos ensinam. Só existe celibato com ascese – esta é uma verdade de nossos dois mil anos de Igreja. Precisamos reaprender isto por que principalmente nós, da geração do agora, por que tudo que queremos é para agora, tudo deve ser feito, principalmente nós precisamos da ascese. Aqui vem um problema: se você faz ascese hoje é uma coisa. Você precisa adotar um estilo de vida ascético. Você não está querendo ser casto hoje, você está querendo ser celibatário o resto da vida. Como diz Jesus: Se você vai entrar na batalha, calcula o teu exército. Você vai enfrentar uma batalha e o cara que vem tem 20.000 homens, então, trate de arranjar o teu exército. Esta história não dá certo se você não tiver um estilo de vida ascética. A teologia da libertação anda dizendo por aí o seguinte: o padre tem que ser como o povo, fazer

7

o que o povo faz, andar onde o povo anda, chinelo de dedo – festa, chopp, noitadas, dança. Se você for igual ao povo você vai terminar igual ao povo. O povo não é celibatário meu irmão! Você tem que, como padre, viver uma vida de padre. E não estou dizendo isto por que quero clericalizar o padre, estou dizendo que é preciso viver como padre e a sua vida deve ser diferente da vida do povo, por que fazendo tudo o que todo mundo faz e ainda querer ser celibatário é patético. Isto não existe, é contraditório. Você deve ser um asceta. Uma grande crítica que nossos irmãos do oriente nos fazem – o patriarca Bartolomeu I, patriarca de Constantinopla disse: Uma das reclamações que o Oriente Cristão tem para com o Ocidente Cristão é a seguinte: os celibatários no Oriente tem que viver um tipo de vida ascética que não é exatamente de um monge como se entende no ocidente, mas que chamamos de ascese monástica, por que se o padre se propôs a ser celibatários, não pode viver como todos os demais. Se queremos viver o carisma do celibato, temos de agir, e este agir é uma vida ascética. Portanto, não é de admirar que no Brasil se veja tantos padres que já não vivem mais o celibato, ou vivem cambaleando. E aí, vemos estes fenômenos maravilhosos: o fulano depois de 8 meses de ordenado, já está apaixonado, se junta e deixa o ministério. Tudo isto vem desta ideologia perversa: O padre tem que ser igual ao povo! Transformaram o que diz a Carta aos Hebreus, o sacerdote é retirado do meio do povo, em o padre tem que ser igual ao povo! O padre não pode ser igual, tem que viver uma vida ascética. Jejum é para nós, é para todo mundo, mas especialmente para nós. Abstinência de carne é especialmente para nós. Controle da nossa visão. Os seminaristas de Cuiabá sabem como eu sou claro: televisão não é coisa para nós! Lá só assistimos o jornal. E isto infelizmente, por que, se eu tivesse acesso ao coração dos outros, seria diferente. Não vou impor nada aos seminaristas, mas se pudesse, cortaria esta bobagem de filme – ah, o filme da semana, vamos lá, é cultura! Você vai lá, começa com cultura e termina na cama e aquelas imagens ficam gravadas para o resto da vida em sua cabeça. É tudo muito cultural! Não podemos ficar por fora não! Televisão não é para nós. É claro que existem filmes bons! É preciso saber escolhê-los! Não podemos ficar olhando qualquer coisa, assistindo qualquer coisa! Isto não é um cavalo de batalha! Ah isto é bobagem, ideologia do Padre Jonas, da Canção Nova! Nós de forma especial, não podemos! Ah mas a menina não aparece nua! É pior do que nua, por que a imaginação voa!

Precisamos viver uma vida ascética, ela nos ressuscita. Tudo aquilo que é cruz traz ressurreição. Isto é muito prático. Não é coisa de padre celibatário ficar por aí em festa, altas horas da noite, em ambientes onde a coisa é explicitamente lasciva. Você não está fazendo sexo com ninguém, mas fica a cervejinha rodando, aquela conversinha besta, a menininha lá na tua frente. Se você não vai comer não manuseie o cardápio. Precisamos ter uma vida reservada, não por que somos melhores do que os outros, mas por que estamos nos propondo uma vida diferente da dos outros. Precisamos de ascese. Não tenham medo de vigília, de fazer penitência, de acordar de madrugada, de fazer caminhada, não tenham medo de deixar de comer doces, não tenham medo de fazer todo tipo de ascese que pensarem, imaginarem e que não prejudique a saúde de vocês. Mas cuidado, pois isto também pode ser uma mentira do demônio – ah, se você fizer isto, vai prejudicar sua saúde! Eu, desde a quaresma do ano passado, decidi que não quero mais comer carne! Estou aqui inteiro e vivo, e ainda engordei cinco quilos. É claro que não devemos exagerar. Precisamos limpar a nossa capacidade de desejar. Agora, limpada a nossa capacidade de desejar, temos que começar a desejar as coisas certas.

2o - Quem o padre diocesano deve amar? O padre diocesano tem uma realidade muito concreta que é o tripé do seu celibato: 1)O amor a Deus através da vida de oração – a oração é como uma hemodiálise, precisamos rezar, uma oração onde muito mais que falar, precisamos ouvir a palavra de Deus – Lectio Divina; a Igreja coloca em nossas mãos um instrumento

8

abençoado chamado Liturgia das Horas – a oração, quando é distribuída durante o dia, em horários precisos, tem o seu papel a cumprir; o padre tem que realmente amar a Deus naquilo que ele faz e a desgraça das desgraças é que os padres, quando celebram os sacramentos esquecem que eles tem que rezar; quando o padre vira um leitor de missal, tudo está acabado; quando celebramos os sacramentos, este ato é oração para nós também, portanto, que seja bem celebrado, externando o amor a Deus; 2) A caridade pastoral, o amor ao povo de Deus. É preciso amar o que fazemos, amar as pessoas, apiedar-se do povo, ter compaixão do povo, amar o povo. Que coisa horrorosa, onde é que arranjaram tanto padre mal humorado para maltratar o povo? Precisamos amar as pessoas que nós atendemos, com o coração de Cristo. Por que não são capazes de amar? Por que sua capacidade de amar está embotada. Não fazem ascese, não rezam, então a capacidade de amar desaparece. É verdade que todo o amor é também crucifixão. Você precisa, porém, sacrificar-se pelo povo. Saber dar a sua dose de sacrifício pelo povo: amá-los, dar atenção, carinho. Saiba dizer um não com um sorriso nos lábios. Saiba dizer um não com atenção, explicando as razões e não um não com um chute no traseiro. Depois nos admiramos quando as Igrejas evangélicas ficam lotadas. Os que mais falam do povo, são os que menos amam o povo. E ainda por cima, enfatizamos muito o dízimo. Por que as pessoas não pagam o dízimo? Por que as pessoas só dão dinheiro quando vêem serviço. Se o padre não as serve, as pessoas não pagam. Esta é uma lei básica do consumidor. Muitos reclamam: o povo não paga o dízimo, mas vive mandando dinheiro para a Canção Nova! Por que? Por que eles ligam a televisão e se sentem servidos. Eles recebem alguma coisa. Ir à Igreja para ver um padre mal humorado que só sabe reclamar da vida e ainda pagar o dízimo? Pode esquecer! Amar o povo, pois esta é a nossa salvação! A salvação do pastor é ser pastor, é amar as ovelhas! Nos santificamos no amor pastoral. 3) A fraternidade presbiteral. Por que é que os padres não se sentem irmãos? Isto faz parte do ser do sacerdote. Eu não sei em que período da história da Igreja o diabo inventou a mentira maldita de que padre diocesano não pode viver em comunidade. Esta é uma mentira maldita! Esta história de clero diocesano morando sozinho é sinônimo de perigo para a nossa conversão e para o nosso celibato. Admiro profundamente os padres que vivem isto e vivem de modo equilibrado mas, nós não podemos exigir este heroísmo e esta capacidade de todos. Mas, voltando a pergunta: Por que é que os padres não se sentem irmãos? Ninguém é irmão, ninguém se sente irmão se não tem pai. A gente só se sente irmão quando tem um pai comum. Se você tem um pai que congrega os irmãos, você se sente irmão. Nas famílias em que morre o pai e a mãe, os irmãos se dispersam. Vejo em minha casa, vou sempre lá nos finais de semana, mas nunca vou na casa das minhas irmãs. Nós sempre nos reunimos como irmãos ao redor dos pais. Agora, os bispos têm complexo de autoridade e não querem ser pais. Não querem amar os seus padres. Os bispos precisam amar os seus padres: amar dizendo não, amar dizendo sim. Amar consolando, amar corrigindo. Ser pai de verdade. A orfandade começou dentro da Igreja para os padres quando se começou a reunir padres sem um pai. Os religiosos funcionam se souberem se inserir, enquanto padres, na diocese, e ter o bispo como pai. Eles não tem, enquanto religiosos, um pai próprio, o pai deles é o bispo diocesano. O que eles tem é o irmão de turno que é eleito para assumir a função de direção – o provincial. Pai não se elege, pai a gente recebe. Nós precisamos ser irmãos ao redor de um pai e nos amar como irmãos. Portanto, saber provocar reuniões, pontos de encontro, em que gastemos o tempo com os nossos irmãos padres. Amamos quando gastamos tempo com a pessoa. Esta realidade não começa no clero, começa no seminário. Começa nessa fábrica de gente individualista chamada seminário. Por isso digo a vocês: comecem no seminário. No reitor vocês tem um pai, que vocês receberam, não escolheram. Aprendam a amá-lo. Ah mas o meu reitor é seco como farinha! Meu irmão, água mole em pedra dura tanto bate até que fura. Cative o seu reitor, mas não você individualmente para

9

ser puxa-saco dele. Junte o seu grupo do seminário e juntos queiram bem o reitor como pessoa. Ele é gente, precisa de amor, precisa de carinho. A carapaça toda da autoridade é por que vê no seminarista alguém que vai solapar, questionar a autoridade dele. O amor é capaz de remover montanhas. O amor é capaz de transformar os corações mais insensíveis quando a pessoa se sente amada. Quando forem padre, amem o bispo de vocês, gastem tempo amando o bispo de vocês. Se ele não se sente pai é por que ninguém se sente filho dele. Se você for com a atitude filial e se sentir filho e se demonstrar filho, ele começa a se sentir pai. Não fique esperando ser amado. Ame!

Estes são os três pontos para o nosso celibato: amor a Deus, amor pastoral e amor no presbitério (não existe presbitério sem bispo, portanto, amor aos padres e ao bispo). São os três lugares privilegiados nos quais precisamos amar.