domingo, 25 de setembro de 2011

Campanha Nacional de Consagração à Santíssima Virgem

“Deus quer estabelecer no mundo a Devoção ao
Meu Coração Imaculado. Se fizerdes o que vos digo, muitos almas se salvarão e terão paz. (…) Por fim, o Meu
Imaculado Coração Triunfará.”
(Nossa Mãe Santíssima em Fátima, 1917)
 “Por Maria, Jesus Cristo vem a nós, e por Ela devemos ir a Ele.” (São Luis Maria Montfort)

A abertura da nossa II Campanha Nacional de Consagrações se deu no dia 26 de Junho, no encontro “Consagra-te” em Várzea Grande-MT
(ao lado de Cuiabá). Havia mais de 1000 pessoas
presentes, e o evento contou
com a pregação do Pe. Paulo Ricardo.
  Convidamos, então, todos os católicos a se unirem
conosco nesta Campanha, fazendo também a sua Consagração
total pelo método de São Luis Montfort, ou renovando a
Sua Consagração, no dia 08 de Dezembro de 2011
(Solenidade da Imaculada Conceição).

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

A Influência do Cristianismo no Pensamento e na Cultura Grega.


  1.  

 
Lucas Rafael Marinho Folego

A Grécia antiga, ou o mundo dos gregos, se tornou conhecido por ser o berço, ou seja, o princípio de todos os pensamentos filosóficos da humanidade, foi ali que grandes pensadores como, Sócrates, Platão e Aristóteles, viveram e desenvolveram seu pensamento. O importe é salientar como o pensamento filosófico começado pelos pré – socráticos, ou filósofos da natureza, segue uma linha de raciocínio, um pensamento, uma busca pelo comprometimento com a verdade. Pois toda a história da Filosofia nasce de uma insatisfação do homem mediante respostas sobre fatos que não o satisfazem, como no tempo dos gregos a questão da mitologia. Nesta época por volta do ano VI a.C. as perguntas fundamentais, metafísicas do homem, estavam incomodando muitos filósofos, como: O que é princípio vital das coisas? O que é o homem? O que é o corpo? A alma? E Deus? E em suas capacidades intelectuais tentaram respondê-las.
Esta corrente de pensamento em busca da verdade veio perpassando desde Tales, Anaximandro, Heráclito, Pitágoras, Demócrito etc. Até Sócrates, Platão e Aristóteles, lembrando que o verdadeiro discípulo é aquele que supera seu mestre, assim, entre uma filosofia antiga e outra, por mais que existam diferenças, existe uma busca pela verdade a partir do estudo de outros filósofos, ou do filósofo anterior. Se percebe assim que em Aristóteles, existe quase que uma plenitude do conhecimento, pois ele conseguiu juntar como instrumento de conhecimento, os sentidos, a lógica, a empiria, a metafísica etc. Foi além quando chegou a dissertar sobre o motor imóvel, ou seja, uma força criadora de todas as coisas, um motor que move e não é movido, assim ele chega bem próximo de dizer sobre o Deus Cristão, porém como não conhecia o Deus de Israel, ficou atrelado ao paganismo, porém foi o que chegou mais perto da verdade, em conseqüência desta história filosófica construída.
Com o advento do Cristianismo no século I, principalmente com os escritos apostólicos e as pregações dos apóstolos, este conhecimento até então deficiente se encontra com a verdade e é “purificado”, “cristianizado”, se pode constatar grandes mudanças que aconteceram dentro da mentalidade grega devido a muitas respostas que vieram as muitas perguntas existentes. A bíblia foi importante neste processo quando apresentou várias verdades cristãs como: A existência de um único Deus e não de vários Deuses. A criação a partir do nada, e não um visão de um deus egoísta que cria o mundo e o abandona mas que se importa com ele. A concepção do homem como centro, ou seja participante da atividade divina e não mero brinquedo passivo que os deuses brincam, como os gregos acreditavam. O respeito pelos mandamentos divinos que foram estabelecidos para a salvação do homem, juntamente com os conceitos de virtude e pecado, a virtude entendida como bem moral, ou santidade e o pecado como ofensa a Deus, desobediência aos seus mandamentos. O conceito de providência, entendido mais uma vez como um Deus que se importa com seu povo, que o trata com carinho, que cuida. A idéia de desobediência a Deus e o resgate do homem pela paixão de Cristo, excluindo a idéia órfica grega de que essa culpa original o homem sofre em si, tentado se purificar nas reencarnações. O valor da fé e a participação do divino, não tendo mais o conhecimento e a visão científica acima de tudo, mas a fé como “provação” do intelecto e da razão. O amor ágape cristão, visto como o amor incondicional, um Deus que ama e é amado, uma total doação ao ser humano. Os valores fundamentais do cristianismo: a pureza e a humildade, estes contraponto a vida errônea e depravada dos gregos, bem como sua ostentação. E por fim, a mensagem mais importante: a ressurreição dos mortos, a vitória de Cristo sobre a morte. Esta foi de difícil compreensão devido a cultura órfica que pregava a reencarnação, mas também pela incompreensão de tamanho fato, pois o pensamento grego, girava em torno da razão, como compreender a ressurreição? Por isso a dificuldade da pregação de São Paulo no Areópago.
Tendo em vista a influência cristã na cultura grega, se pode dizer que a verdade buscada pelos filósofos veio de encontro a eles na revelação de Cristo, como ele mesmo disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” Jo 14,6. A filosofia grega perpassou por dentro desta mensagem cristã, se vê isto mais claramente na filosofia medieval, onde os santos padres e os santos, “cristianizaram” esta filosofia, como Santo Agostinho cristianizando Platão e São Tomás de Aquino Aristóteles. Com tudo isto se percebe também, como Deus conduziu tanto o povo de Israel para a verdade como preparou os gregos para recebê-la, usufruindo de uma aparente “mal” que seria o paganismo, tirando um bem maior.